Para a moça mais bonita do mundo

domingo, 13 de maio de 2012 12:56 Postado por Sindy Caroline 0 comentários

Eu não me lembro do último dia das mães que passei contigo, de como era acordar cedo e subir na sua cama pra te acordar antes da minha irmã menor. Você gosta de orquídeas, e eu nunca mais pude dá-las a você eu mesma nesse dia. Os abraços do segundo domingo de maio agora são adiados para o mês de julho, quando eu finalmente posso te ver. Mas tudo bem, a vida é complicada não é? Eu criei asas cedo demais e mesmo que não tivesse preparada, quis voar. E ninguém sabe o quanto foi difícil passar todos esses anos sem você por perto. Foram anos complicados mãe, mas você bem que me avisou que não seriam fáceis, eu reconheço isso agora. Eu nunca esquecerei teu carinho, e suas risadas que me alegram quando nada mais consegue. Porém, a vida é complicada, e você sabe como é um dia a gente cresce, o mundo obriga. E não se preocupe, estou tomando meus remédios mesmo que odeie toma-los, passei a não ter mais medo de banho e a arrumar minha cama toda vez quem tenho visitas, tá? Por que sabes bem que eu não sou a filha mais organizada que você tem. Acho que nunca te disse pessoalmente, mas eu amo você por ter me dado seus olhos. E todo mundo diz que são lindos, tenho vontade de dizer a todos que a moça mais bonita do mundo tem olhos iguais. Obrigada por ser você, viu? Por não ser perfeita, por errar e saber sempre o momento de assumir seus erros. E eu te amo com todos os seus defeitos. 

Vazio, solidão e uma eterna falta de algo

sábado, 12 de maio de 2012 11:17 Postado por Sindy Caroline 3 comentários

Ela acolheu a solidão como sua melhor amiga, e diz estar muito bem assim. Afinal, não precisa de ninguém pra preenchê-la, não é metade de uma fruta, não tem nenhum pedaço faltando. Repete isso todos os dias pra se manter em pé, sem duvidar, sem se sentir fraca demais.  E mesmo depois de passar a noite distribuindo sorrisos e fingindo emoções, ela volta pra casa com a mesma sensação de vazio, um formigamento no estômago que não passa com nenhum remédio e os olhos lacrimejando sem por que. Talvez a solidão não seja algo assim tão bom. Passar a noite sendo desejada por muitos e na madrugada voltar sozinha pra casa, sem nada e nem ninguém entre as mãos pra chamar de seu. 

Verdades

domingo, 6 de maio de 2012 21:53 Postado por Sindy Caroline 1 comentários

Às vezes acho que eu deveria me apegar menos, me entregar mais, ser menos intensa e mais fácil. Tá certo que o ser humano por si só já gosta de desafios, mas eu sou um daqueles em que mesmo depois de lutar muito pra vencê-lo você ainda não sai com o prêmio final. É simples, se você for o tipo de cara certinho, que abre a porta do carro, está sempre disponível e me manda flores, eu não vou gostar de você. Posso ter um encanto muito passageiro por suas boas atitudes, uma paixonite que se vai quando já acho chato demais todo esse excesso de atenção. Porque na verdade, eu ainda não sei do que eu gosto. Não sei se acredito no amor e em casamentos felizes, ou que um dia a tal “pessoa certa” vai chegar pra mim. E não, não espero por ela. E tenho medo, muito medo de que alguém algum dia consiga quebrar esses muros que construo em volta de mim e veja que no fundo, eu sou só uma garota mimada, acostumada a ter tudo que sempre quis, fingindo ser autossuficiente pra não ter que sair do seu comodismo de ser sozinha e achar que está muito feliz assim.

Apelo


Hoje vamos conversar sobre amor. Não daquele que você sente pelo seu amigo, sua mãe, sua tia solteirona, seu cachorro, papagaio. Não é desse amor que eu falo. E sim daquele amor que você sente pelo carinha com o qual troca saliva. Você vai lá se apaixona, fica horas pensando na pessoa, acha que tudo é ela e sobre ela, que você vai se casar e ter filhos com aquela pessoa. Nada pode ser mais forte que esse am... E aí essa pessoa te dá um fora ou te ignora. Puxa, que triste! Aí o mundo acaba! Você entra em uma deprê interminável que passa uma semana depois quando você encontra seu outro único amor da sua vida. Mas espera aí galera, será que isso é mesmo amor? Por favor, vamos reavaliar nossos conceitos sobre esse sentimento tão nobre que está perdendo o sentido.

Sem máscaras.


Eu queria não me importar, queria mesmo fazer jus a minha aparência de durona, dar vida ao meu falso egoísmo. Mas a verdade é que não sou assim, não consigo chatear alguém sem me sentir eternamente culpada por isso. Sabe aquela frase que diz “O que importa é minha felicidade e que se fodam os outros.”? Bem, eu não consigo colocá-la em prática. Na teoria até que tudo funciona muito bem, planejo exatamente o que fazer e como fazer, mas quando coloco minha cabeça no travesseiro é que o peso da culpa vem à tona e aí é impossível controlar os pensamentos e o arrependimento que se forma logo depois. Sim, eu até chego a me arrepender, mas pensar que “foi melhor assim” faz tudo ficar melhor. Não resolve de fato, só distância – nem que seja um pouco – a culpa. E talvez todas essas palavras sejam só uma tentativa de dizer que não sou assim tão fria quanto aparento ser, eu me importo sim, mas isso não muda nada e não vai mudar.

Aquilo que realmente vale a pena



Olha, eu sinceramente estou cansada dessas amizades por conveniência. Cansei dessas pessoas que só me procuram quando precisam de mim, quando posso ajudá-las em algo. Juro, eu não me importaria se isso fosse recíproco, se eu pudesse contar com as mesmas quando precisasse. Mas não, normalmente na hora em que mais preciso é quando elas se afastam. Ter amizades regadas à bebida e festa é muito fácil, o que é mesmo difícil é encontrar esses mesmos amigos nas horas difíceis, onde as lágrimas são abundantes. Aí eu me pergunto, qual o valor de uma amizade dessas? Se é que isso pode ser chamado de amizade. Porque para mim, ser amigo é estar presente em todos os momentos, sejam eles bons ou ruins. Ser amigo é não negar um conselho, o ombro para que o outro chore ou mesmo se lamente. Ser amigo é confiar, partilhar, guardar segredos, rir, compreender e não abandonar.



Esperar. Essa sempre foi a minha maior fraqueza. Esperar por algo que não vai acontecer, esperar pra que tudo mude sem que eu precise fazer esforço pra isso, esperar para que alguém venha me salvar desse inferno pessoal que eu chamo de vida, esperar, esperar e esperar... É só isso que eu tenho feito.  E sim, eu sei que sou covarde por isso. Sei também que ninguém poderá fazer qualquer coisa por mim a não ser eu mesma.  É fácil saber as teorias, o que se deve e o que não se deve fazer, mas e na hora de colocar em prática? Ou você é forte e expõe tudo sem medo ou se esconde e espera como eu sempre faço.